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I Ciclo de Debates da ESA segue com palestras violência contra a mulher

16/03/2016 23:15

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Evento ocorreu, nesta quarta-feira (16), no auditório da Escola Superior de Advocacia da OAB/RS.

A segunda noite de palestras do I Ciclo de Debates Direito e Mulher ocorreu, nesta quarta-feira (16), no auditório da Escola Superior de Advocacia da OAB/RS. O objetivo do encontro é discutir os direitos da mulher no âmbito jurídico, sobretudo na sociedade.

Na abertura, a presidente da Comissão da Mulher Advogada (CMA), Beatriz Peruffo, destacou a diversidade representada na mesa de debate do evento. “Estamos recebendo profissionais de diversas áreas, até porque o nosso ciclo é interdisciplinar e tem essa ideia de trabalhar com todos os tipos de conhecimento para fortalecer o combate à violência contra a mulher”, afirmou.

“O primeiro provimento da OAB em 2016 foi o que instituiu este como o ano da mulher advogada, o que é muito importante para haver a valorização do nosso dia a dia e das nossas prerrogativas como profissionais, mas também dar voz à mulher cidadã na busca dos direitos fundamentais”, lembrou Beatriz Peruffo.

No primeiro painel, a juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Porto Alegre, Madgéli Frantz, e a psicóloga mediadora judicial do Juizado, Ivete Machado, falaram sobre os desafios e as perspectivas no combate à violência contra a mulher e os trabalhos desenvolvidos por elas no Tribunal do Justiça do Rio Grande do Sul. De acordo com Magdéli, o ciclo “é uma oportunidade para trocar experiências sobre o tema que exige bastante sensibilidade daquelas pessoas que trabalham, seja na proteção das mulheres ou na parte da punição e tratamento dos homens que praticam violência doméstica”.

A professora da Faculdade de Psicologia da PUCRS, Mariana Barcinski, abordou a violência de gênero ao problematizar os modelos de masculinidade e feminilidade que são impostos pela sociedade. “Parto do pressuposto de que, no enfrentamento às formas de violência contra a mulher, os homens precisam ser incluídos. E não só como pessoas perpetradoras de violência, mas também os homens enquanto sujeitos personificadores dos modelos de masculinidade. É evidente que as mulheres também podem representar este modelo, mas avançamos pouco no debate se apostarmos somente nesta dicotomia de homem algoz e mulher vítima”, apontou.

Ao final do ciclo, a advogada integrante da Comissão da Mulher Advogada e do IARGS, Carla Harzheim Macedo, debateu a participação da mulher na política ao longo dos anos e a questão das quotas de gênero. Além disso, ela falou sobre o conceito e a luta do movimento feminista. “O feminismo precisa ser construído e desconstruído, porque ele representa que as mulheres lutam por espaço. Aquelas vertentes que buscam sobrepor-se a alguém não podem ser vinculadas ao movimento. A igualdade de gênero é o principal objetivo”, observou.

Lucas Pfeuffer

Estagiário de Jornalismo

16/03/2016 23:15



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