Lamachia convocou os 27 dirigentes das seccionais e os 81 conselheiros federais para reunião, nesta sexta-feira (18), que vai analisar o pedido de impeachment da presidente da República.

Diante da gravidade dos fatos tornados públicos nesta quarta-feira (16), o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, anunciou a convocação de sessão extraordinária do Conselho Pleno da OAB e do Colégio de Presidentes de Seccionais para a análise do pedido de impeachment da presidente da República. A reunião será realizada nesta sexta-feira (18), a partir das 10h, na sede do CFOAB.

Nesta quinta-feira (17), Lamachia seguiu de Porto Alegre para Brasília, acompanhado do presidente da Ordem gaúcha, Ricardo Breier. Estarão presentes na sessão os 27 dirigentes das seccionais da entidade e os 81 conselheiros federais, sendo três por Estado. Pelo RS, participarão Cléa Carpi da Rocha, Renato da Costa Figueira e Luiz Henrique Cabanellos Schuh. Também estará presente o ex-presidente da OAB/RS, Marcelo Bertoluci.

Breier afirmou que a advocacia não aceitará ataques à OAB e não será omissa diante de declarações desrespeitosas e ofensivas. “Manifestamos nossa solidariedade com a atuação de Lamachia na presidência do CFOAB. Além disso, reitero as palavras de George Orwell: ‘Pior que a prisão da liberdade é a prisão de ideias’. Ninguém neste País será capaz de aprisionar as ideias da OAB”, frisou.

Em conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, flagrada em escuta telefônica da Operação Lava Jato, o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, usa termos de baixo calão para se referir à entidade representativa dos advogados brasileiros.

Segundo Lamachia, “os termos usados no áudio não se coadunam com a linguagem que altas autoridades da República deveriam ter ao se referir a uma instituição que, há 85 anos, presta importantes serviços à nação e à sociedade brasileira e, hoje, representa quase um milhão de advogados. É inaceitável essa terminologia”.

Rodney Silva
Jornalista