“Como professores, como educadores, o pedido que lhes fazemos é que vocês sejam nossos parceiros e protagonistas na tarefa de manter as escolas abertas. Não os prédios, mas a ideia da escola, o projeto da escola, o viver da escola”.

Este trecho acima faz parte de um vídeo do Colégio Tarbut, de Buenos Aires, na Argentina. É um manifesto a favor da educação e do conhecimento. É um chamamento para que estudantes, mesmo distantes de seus mestres e das salas de aula, sigam se empenhando em ler, escrever, aprender, realizar tarefas e para que não desistam de absorver conhecimento.

Mais uma vez a humanidade vive um período de cuidados e reflexões em virtude da pandemia do novo Coronavírus. Bilhões em dezenas de países estão confinados em suas casas. Os valores morais, éticos e os fundamentos basilares de respeito e solidariedade estão sendo testados.

Junto à exigência de uma postura humana e de valorização da vida, temos algo valioso a ser protegido. A educação e o conhecimento estão sendo capazes de apontar um rumo com mais segurança num universo de desconfianças. O conhecimento desarma as teorias conspiratórias e as falsas profecias. É a educação que assegura a tranquilidade para que se supere os períodos mais obscuros e de indesejadas tormentas.

São nos momentos de instabilidade que oportunistas buscam desqualificar o que tantas gerações construíram para o bem da humanidade. São nesses períodos de incertezas que a educação e o conhecimento precisam ser protagonistas. O conhecer faz a diferença e, ao ser compartilhado, provoca as boas transformações.

É por isso que a mensagem repassada pelo colégio é tocante. Ela incentiva os alunos a não abandonarem a determinação de aprender. Ao mesmo tempo, reforça o compromisso de governantes de investirem em escolas, em tecnologia universal, em internet de qualidade, em salários dignos aos professores. A educação precisa estar sempre no topo das prioridades dos investimentos.

O conhecimento não se isola. Na parte final do vídeo, um arremate: “Precisamos de vocês, nossos alunos, para que em todo o mundo também se arregacem as mangas e nos ajudem a plantar as sementes de uma nova escola, que precisamos para um novo mundo... A escola não se negocia”.

Ricardo Breier – Advogado e presidente da OAB/RS

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